Direitos e Responsabilidades das Pessoas que Gaguejam

Preâmbulo

A Carta dos Direitos e Responsabilidades para as Pessoas que Gaguejam resultou de um projecto conjunto em que participaram pessoas que gaguejam, profissionais clínicos e cientistas. Foi elaborada no ano de 2000. O seu objectivo é possibilitar a construção de um mundo que compreenda melhor e de forma mais justa a realidade de milhões de pessoas que gaguejam. Na nossa sociedade complexa a fala é considerada um dos meios mais importantes para a comunicação interpessoal. Enquanto que outros meios como a escrita podem por vezes ser superiores na transmissão de conteúdos, a fala não só inclui o conteúdo mas também informações acerca das intenções, emoções, personalidade e percepções de quem está a falar. Esta é razão porque por vezes as pessoas preferem ouvir ler os autores do livros em vez de os comprarem ou também porque são gastos muitos milhões de dólares a tentar desenvolver ferramentas que permitam o reconhecimento automático de voz, ou a incorporação de voz e imagens na comunicação electrónica. Infelizmente a "janela" de acesso que a fala proporciona acerca da forma de ser de quem fala também conduz a percepções estereotipadas acerca das pessoas que apresentam perturbações confundindo-as com a respectiva dificuldade.

A pessoa que gagueja tem direito a:

Gaguejar ou ser fluente na medida em que possa optar por isso;
Comunicar independentemente do seu grau de gaguez;
Ser tratada com dignidade e respeito por indivíduos, grupos ,empresas, agências governamentais, organizações, artes e meios de comunicação social;
Ter informação publicamente disponível e de boa qualidade acerca da gaguez;
Protecção legal igual independentemente do seu grau de gaguez;
Ser informado totalmente acerca de programas de terapia, incluindo as possibilidades de falha e sucesso bem como de reaparecimento da dificuldade;
Receber terapia apropriada em função das suas necessidades características e preocupações únicas, por profissionais treinados para intervir na área da gaguez e problemas com ela relacionados;
Escolher e participar ou não na terapia e mudar de terapeuta ou programa de intervenção sem qualquer prejuízo ou penalização.

A pessoa que gagueja é responsável por:

Compreender que quem a ouve ou com quem fala pode não ter informação acerca de gaguez e suas consequências ou pode ter uma visão diferente da sua relativa à gaguez;
Informar os ouvintes ou parceiros de conversa de que pode precisar de mais tempo para comunicar;
Participar na terapia se for essa a sua opção e se assim for deverá fazê-lo de forma aberta, activa e colaborativa;
Fazer alguma coisa para controlar as desvantagens que ocorrem devido à gaguez incluindo o desenvolvimento da valorização realista das suas capacidades e dificuldades e talvez desenvolver um humor saudável acerca de si próprio;
Encarar outros com problemas incapacidades ou desvantagens com igualdade, dignidade e respeito atendendo à natureza das suas condições;
Estar consciente de que tem a obrigação de promover o aumento de consciência dos outros relativamente à gaguez e suas consequências.

 

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Sobre a APG

A Associação Portuguesa de Gagos foi fundada em Agosto de 2005.

É uma associação de âmbito nacional com sede na freguesia de Alqueidão, concelho da Figueira da Foz.

É desde 2011 membro da European League of Stuttering Associations.

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adress Rua Principal, 78, Negrote, Alqueidão 3090-834 Figueira da Foz Portugal

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